Cyberbulling

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os jovens podem ser tão ou mais cruéis quando se resguardam no anonimato da Internet. O chamado 'cyberbulling' ultrapassou rapidamente as paredes das escolas em todo o mundo para se tornar uma prática comum na Internet. O "cyberbulling" poderá estar na base de mais um caso polémico que tem agitado os Estados Unidos. Megan Meier, de 13 anos, natural de uma pacata cidade do Missouri, acabou por se enforcar no quarto depois de uma discussão com um 'amigo' que conheceu no MySpace – Josh Evans - e com quem, durante um mês, partilhou a sua vida. Um dia antes de morrer teve uma discussão on-line com o dito rapaz que mudou radicalmente o seu comportamento para com a jovem. Meses depois do suicídio da jovem, os seus pais vieram a público com novos dados sobre o caso da filha. Alegam que o rapaz que a filha conheceu através do MySpace nunca existiu. O perfil falso do rapaz foi criado por uma vizinha, mãe de uma colega de Megan Meier, com o intuito de descobrir se a jovem andava a dizer mal da filha. Os pais de Megan - Tina e Ron Meier – têm apelado às autoridades locais para que seja a vizinha seja incriminada por ter contribuído para a morte da sua filha com a criação de uma identidade on-line falsa. A polícia, por seu turno, justifica que não existem provas contundentes (o perfil de Josh Evans foi apagado do MySpace após o suicídio) que provem violação da lei.






Viciados em Internet

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Viciados I

Um jovem chinês de 26 anos morreu depois de participar numa maratona de jogos on-line durante o feriado do Ano Novo Lunar, disseram os pais do rapaz ao China Daily. O rapaz de 150 quilos, morador no noroeste da China, morreu sábado, depois de passar «a maior parte» das comemorações de sete dias a jogar on-line. A China tem apresentado nos últimos anos um aumento - que os especialistas consideram «alarmante» - no número de adolescentes e jovens adultos viciados em Internet. Cerca de 13% (2,6 milhões) dos 20 milhões de utilizadores de Internet na China com menos de 18 anos são considerados viciados, noticiou a imprensa estatal.



Viciados II

Um grupo de cientistas da Universidade de Stanford na Califórnia concluiu, com base num estudo, que um em cada oito americanos tem problemas devido ao uso da Internet.
Dos inquiridos, cerca de 14% mostram indícios de ciberdependência e acredita-se que esta seja a primeira amostragem em larga escala dos efeitos de uma exposição prolongada à rede mundial de computadores.
Dos entrevistados, 68,9% afirmaram que eram utilizadores regulares da Internet. Quase 6% disseram sentir que suas relações sofrem como resultado do longo período que passam ligados, enquanto 14% consideraram difícil se manter muitos dias sem se ligar.
Cerca de 8,7% dos entrevistados, tentam ocultar o uso não essencial da Internet, enquanto 3,7% disseram se sentir preocupados quando não estão on line. Pouco mais de 9% disseram usar a Internet como forma de fugir dos problemas e 12,4% afirmaram que quase sempre ficam on line mais tempo do que pretendiam.
"Nos últimos três ou quatro anos, as pessoas começam a afirmar que a Internet começou a afectar suas vidas de forma negativa", afirmou Elias Aboujaoude, professor assistente do departamento de Psiquiatria de Stanford.
"Muitos foram demitidos do emprego por uso excessivo da Internet, e seus cônjuges ameaçaram com o divórcio", acrescentou.
"Primeiro, tentam justificar-se. Mas depois algo importante ocorre que os faz perceber a situação: a ameaça da demissão, a ameaça da mulher de deixá-los, e dão-se conta de que um comportamento aparentemente inocente os leva a uma série de problemas", insistiu.
Os sites na Internet que normalmente causam problemas não são necessariamente os mais óbvios. Embora as apostas on-line e os sites de pornografia sejam muito populares, Aboujaoude advertiu que a ciberdependência poderia nascer de algo tão simples como consultar o correio electrónico a cada cinco minutos, actualizar blogs ou entrar em páginas de informações financeiras para ver o preço das acções.
A ciberdependência, que só tem sido tema de estudo recentemente, ainda não foi totalmente classificada como doença, disse Aboujaoude.
"O que podemos dizer com certeza é que para uma parte significativa da população há algumas bandeiras vermelhas que indicam um problema real", disse. "Custa mais dizer que existe algo que se chama dependência da Internet", acrescentou.
Passar horas de solidão ligado à Internet é um indicador de que existe uma desordem de comportamento, acrescentou o especialista. "Quando alguém se liga porque tem ansiedade social e tem muitas dificuldades para interagir com as pessoas cara a cara, passa horas on-line", reforçou.
"O mesmo ocorre com as pessoas que estão deprimidas, considerando incomodo sair de casa, e tudo o que fazem é ficar dentro de casa e jogar na Internet", assegurou.
A possibilidade de ser capaz de recriar a personalidade em comunidades virtuais também pode causar problemas."Algumas vezes é difícil distinguir entre a vida virtual e a vida real. Pode ser um constante deslize para muita gente que usa estes sites", acrescentou Aboujaoude.



Viciado III
E Tu,
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Responde ao questionário e reflecte sobre a tua "dependência" (não precisas de dizer os resultados)