"Será k a lguagem ds testes tá a mudar?"

domingo, janeiro 28, 2007

Os alunos são cada vez mais escravos do telemóvel. Não só do aparelho como do código que utilizam para enviar mensagens escritas. Timidamente, nos cadernos, nos trabalhos escolares e até nas provas começam a aparecer os "k" e os "x". Não muito, porque contam como erros ortográficos e os estudantes são penalizados. Na Nova Zelândia já é permitido escrever assim nos exames do secundário. Prenúncio do futuro ou "um disparate"?

Marlene pousa os livros e o dossier no parapeito de uma das janelas que dão para o pátio interior da Escola Secundária de Gil Vicente, em Lisboa. Abre o dossier e começa a folhear rapidamente as folhas, muito limpinhas, com as lições organizadas, até que pára numa de rascunho, escrita a lápis. Aponta satisfeita: em vez de "cheia", lê-se "xeia"."Krs ir ao cinema?", "Goxt mt ti", "Curti akela cena" são algumas das expressões que adolescentes e jovens escrevem furiosamente nos telemóveis e na Internet. Mas até que ponto essa linguagem é transposta para outras situações de escrita, como os cadernos diários, os trabalhos ou mesmo os exames nacionais? Será que a linguagem dos testes está a mudar? Será k a lguagem ds testes tá a mudar?

Já há pelo menos um país, a Nova Zelândia, que decidiu autorizar o uso destas abreviaturas nos exames do ensino secundário.

João Costa, presidente da Associação Portuguesa de Linguística, não hesita: a medida neozelandesa "é um absurdo". "Esse é um código legítimo, mas que não deve ser adequado ao contexto formal de escrita", afirma. Em Portugal, dizem vários professores, os alunos do 12.º ano ainda não caem na tentação de transpor para os exames essa linguagem, até porque podem perder pelo menos dois em 20 valores. Mais: por cada erro de sintaxe perdem dois pontos, um por cada erro ortográfico e 0,5 pelos de acentuação ou mau uso de letra maiúscula. Feitas as contas, "se em vez de 14 tiverem 12 valores, vão pensar duas vezes antes de usar abreviaturas", garante uma professora correctora, de Lisboa.

Já os miúdos do 9.º ano revelam ter menos cuidado, aponta Ana de Sousa, professora do ensino básico, em Odivelas, que já corrigiu exames nacionais. Também no exame de Português do 9.º ano os alunos podem perder cerca de cinco por cento se cometerem erros.

Mas se nos exames não se revelam os "mt" para "muito", o "td" para "tudo" ou o "k" para "que", já nos testes, nos trabalhos escritos e nos cadernos são mais comuns, confirmam alguns professores de Português, História e Geografia ouvidos pelo PÚBLICO.

Bárbara Wong, Público, 19 de Novembro de 2006. (
http://www.apfn.com.pt/Noticias/Nov2006/191106b.htm)

18 comentários:

Anónimo disse...

Hoje em dia rapazes e raparigas, em geral, utilizam uma maneira de escrever incorrecta.
Isto para utilizarem uma escrita mais rápida mas isto causa vários problemas tais como quando se está a fazer um simples trabalho no computador que é preciso estar legível e sem erros ortográficos muitas pessoas já têm esse hábito de escrever e cometem vários erros.
Mas como está no comentário, eu penso que podemos estar a assitir a uma mudança de linguagem! Por um lado está mal escrito mas por outro é uma maneira rápida e pronuncia-se da mesma maneira. Mas se já existem países a autorizar esse tipo de linguagem, nos próximos anos poderá haver muitos mais a alinhar nesse ponto.

Anónimo disse...

Pedro Agostinho Nº19
Hugo Esteves Nº13 9ºB

Nós pensamos que hoje em dia... todas as camadas jovens utilizam abreviaturas na escrita, nomeadamnete por SMS e no MSN utilizando os "u","k" e "x".

Agora em termos de linguagem nos cadernos,testes,exames,fichas de avaliação,etc...nós em cadernos concordamos,pois é o aluno que deve perceber sem misturar os termos línguisticos utlizados no dia-a-dia com os utilizados com os amigos...mas em termos de testes e exames estas abreviaturas não devem ser utilizadas,pois descontam bastante em exames como erros ortográficos podendo baixar bastante,desnecessáriamente a nota do aluno.

Nós achamos que as pessoas com estas abreviaturas pode-se poupar dinheiro no telemóvel,pois com estas abreviaturas as pessoas em vez de mandarem 2 mensagens mandam so uma,poupando tempo e dinheiro.

Anónimo disse...

Na nossa opinião, a linguagem utilizada primeiramente nos telemóveis e, recentemente no computador, tem vindo a afectar a expressão escrita, principalmente dos utilizadores mais jovens. Habituados a escrever desta forma tão pouco convencional, a nova "geração" de ortografia acaba não só por influenciar as novas tecnologias (telemóveis e computadores) mas também a escrita do dia-a-dia, inclusive a escolar.

No caso particular da Nova Zelândia, visto que somos também adeptos deste tipo de escrita, pensamos que poderá ser uma forma de evitar eventuais erros ortográficos. Por outro lado, consideramos que as línguas de cada país devem ser preservadas, mantendo as suas características.

Anónimo disse...

Nos dias de hoje os jovens cometem bastantes erros nos testes ou trabalhos que tenham para apresentar durante a aula.
O facto de esta linguagem estar a ser utilizada no dia-a-dia está na utilização de chats em que as pessoas escrevem de uma forma mais rápida, mas onde se diz a mesma coisa do que quando se escreve correctamente.
Muitos países europeus e até estrangeiros já permitiram este tipo de linguagem, mas Portugal,mo meu entender, ainda tem a mentalidade um pouco retrogada e, portanto ainda não aceitou este novo tipo de linguagem.
Este é o sinal que a linguagem corrente está a mudar, e muito.

Anónimo disse...

João Góis, nº16 9ºB
Ana Gordo, nº2 9ºB

A "linguagem", quer seja portuguesa ou estrangeira, vem vindo a modificar-se ao longo dos tempos com a evolução fonética das palavras com fenómenos de queda ( como a aférese e a síncope ), com fenómenos de adição ( como a epêntese e a paragoge ) e fenómenos de permuta ( como a vocalização, dissimilação, entre outros ). É certo que as palavras foram evoluindo desde à séculos atrás
até aos dias de hoje. Essa evolução fonética foi feita através de via popular ( através de fenómenos fonéticos, anteriormente falados) e via erudita ( palavras modificadas conservando a forma aproximada do latim da mesma palavra ).
Nos dias de hoje, as tecnologias foram evoluindo muito rapidamente com a criação do famoso telemóvel e do computador. A utilização de "k" e "x" é cada vez mais usada pela sua eficácia e rapidez na escrita de mensagens de telemóveis ou, no caso do computador, do envio de mails e conversas no chat.
Na minha opinião, acho que é "normal" que alguns adolescentes escrevam, sem intenção, nos testes ou nos cadernos diários com "x" e "k". Os adolescentes mais assíduos no uso de computadores e telemóveis, ficam de tal modo habituados, que escrevem textos com expressões rápidas, normalmente usadas no envio de mensagens de telemóvel. Eu concordo com a penalização dos alunos na utilização de erros ortográficos, provenientes da "linguagem" do telemóvel, nas provas.
Eu discordo com a permissão da escrita abreviada nos exames, provas ou exercícios. Se um individuo quer tornar-se mais culto e ter um futuro profissional decente, não devia aderir à linguagem de "telemóvel" ( nos exames e provas ).
Em relação à folha de rascunho que a Marlene encontrou nas folhas do seu dossier, acho que é mais um caso habitual da juventude de hoje em dia. Ninguém vai perder tempo a escrever de modo completo, pois necessita-se de mais tempo e concentração em relação à linguagem abreviada.
Exemplo: "Queres ir ao cinema? O filme que está em exibição é muito intressante." - Escrita normal.
"Kers ir ao cnema? O film k ta em exbicao e mt intrssnt" - Escrita abreviada.
"Mas até que ponto essa linguagem é transposta para outras situações de escrita...", se países como a Nova Zelândia começarem a aderir à linguagem abreviada nas provas, daqui a algum tempo o mundo também irá aderir e a linguagem considerada "normal" irá extinguir-se.
Felizmente, no caso português, os alunos do 12º ano não caem em tentação no uso da linguagem abreviada graças aos pontos que se pode perder por causa desta linguagem. É normal que os alunos do 9º ano tenham menos cuidado, pois, começaram a ser adeptos destas tecnologias mais cedo que as pessoas que estão no 12º ano, e ainda não têm consciência dos pontos que podem perder nas provas por causa da linguagem abreviada. É também normal que se use a linguagem abreviada mais nas provas do que nos exames, porque os alunos dão mais importância a um exame do que a uma prova normal.
"Prenúncio do futuro ou "um disparate"?, na minha opinião, acho que é um autêntico disparate permitirem a escrita abreviada nos exames, na Nova Zelândia. Mas, provavelmente, este tipo de linguagem irá ser a linguagem dos tempos modernos.
E voltando à questão inicial, "Será k a lguagem ds testes tá a mudar?" , provavelmente irá mudar, dentro de pouco tempo.

Anónimo disse...

Bruno Perfeito nº6 9ºA

Hoje em dia os jovens utilizam abreviaturas na escrita nos SMS e no MSN.
Isto para serem mais rápidos a escrever.
Mas nas escolas é difrente, mas mesmo assim ainda aparecem nos cadernos.
Mas se já existem países a autorizar esse tipo de linguagem, e talves de aqui a alguns anos poderá haver muitos mais países a autorizar esse tipo de linguagem.
Mas eu penso que não iremos assitir a uma mudança de linguagem.

Anónimo disse...

Na minha opiniao a escrita que utilizamos nos sites de conversação,e nas mgs escritas do telemovel ou mesmo no dia a dia na escola, serve para facilitar a escrita porque se torna mais rápida.
Mas têm alguns inconvenientes como por exemplo: nos testes ou nas provas porque tamos abituados e descuidamo-nos com isso e somos penalizados.
Na minha situação nunca me aconteceu tal coisa.
Em relação ao país (nova zelândia) acho que eles não deviam atorizar isso nas escolas; porque deviam manter a língua do próprio país.

Anónimo disse...

É verdade que o uso da linguagem abreviada e mais simples (do ponto de vista dos jovens) é hoje em dia prática corrente.
Para alguns esta linguagem é um código dificilmente decifrável, mas para outros uma fácil, simples e rápida forma de comunicação.
O facto desta linguagem ser aplicada num teste, trabalho escolar, ou mesmo exame é um erro deveras grave a que muitos já se renderam.
As medidas aplicadas na Nova Zelândia na nossa opinião são uma tremenda "estupidez", pois a língua é praticada da forma mais correcta.
No português, língua extremamente rica, não se deveriam aplicar as medidas que foram aceites na Nova Zelândia, pois não nos permitiria conservar as nossas raízes/cultura.

Opinião da professora de Português:

"Esta forma de escrever só influência os jovens a escrever incorrectamente. Esta linguagem só os influencia a dar ainda mais erros, visto que não têm hábitos de leitura"

Anónimo disse...

Hoje em dia rapazes e raparigas, em geral, utilizam uma maneira de escrever incorrecta.
Isto para utilizarem uma escrita mais rápida mas isto causa vários problemas tais como quando se está a fazer um simples trabalho no computador que é preciso estar legível e sem erros ortográficos muitas pessoas já têm esse hábito de escrever e cometem vários erros.

Agora em termos de linguagem nos cadernos,testes,exames,fichas de avaliação,etc...nós em cadernos concordamos,pois é o aluno que deve perceber sem misturar os termos línguisticos utlizados no dia-a-dia com os utilizados com os amigos...mas em termos de testes e exames estas abreviaturas não devem ser utilizadas,pois descontam bastante em exames como erros ortográficos podendo baixar bastante,desnecessáriamente a nota do aluno.
No caso particular da Nova Zelândia, visto que somos também adeptos deste tipo de escrita, pensamos que poderá ser uma forma de evitar eventuais erros ortográficos. Por outro lado, consideramos que as línguas de cada país devem ser preservadas, mantendo as suas características.

Anónimo disse...

Sim, é verdade que actualmente, jovens utilizam cada vez mais certas abreviaturas para comunicar mais rapidamente por meio de mensagens escritas (telemóveis, e-mail, messenger...).
Acho bastante normal que, as pessoas que querem, utilizem essas abreviaturas entre amigos, família... até porque eu também o faço. Só não concordo com o facto de levarem essa "moda" para os testes ou exames escolares, como fez a Nova Zelândia, pois fazem com que haja grande decadência na cultura.
Acredito também que hajam alguns alunos que, sem querer, deixam levar-se pela "força do hábito", e deixam "escapar" um 'x' ou um 'k', o que se pode resolver com um pouquinho mais de concentração!

Concluindo, concordo na evolução da mentalidade da população e do país, mas não neste caso em concreto.

Te amnha str!

Anónimo disse...

Hoje em dia a “ malta” jovem adere muito a este tipo de escrita, nomeadamente, nos computadores e telemóveis, uma vez que é rápida e económica.
Porem, na nossa opinião os jovens estão muito dependentes do mundo das tecnologias, o que influencia ainda mais esta forma incorrecta da escrita.
Agora, cabe a cada um de nós, visto que o problema tem evoluído, pensar-mos duas vezes antes de mandar-mos mensagens por telemóvel/computador.

A língua Portuguesa deve ser mantida e preservada, uma vez que demorou tempo a construir e alem disso é uma riqueza. Esperamos assim que Portugal não adira à nova linguagem, mantendo as suas características.
No caso da nova Zelândia pelo “andar da carruagem” se população continuar a pensar em inventar novos métodos para desenvolver incorrectamente o país, a nova Zelândia perdera todo o seu interesse histórico como pais e suas características.

Por isso, nos defendemos o facto de Portugal continuar como esta, não aderindo então a este “novo” tipo de escrita.

Ana Rita, Nº4
Sara Tavares, Nº22
9ºB

Anónimo disse...

Na minha opinião julgo que a linguagem dos testes não está a mudar porque os professores continuam a avaliar-nos e caso não respeitemos a gramática, somos penalizados pelos erros na escrita.
No dia-a-dia, nos sms e nos sites de conversação, como o msn, etc, utiliza-se a linguagem abreviada porque é mais pratica e mais rápida, embora saibamos que não está correcta. O problema é que estamos muito habituados a praticá-la e por isso, temos tendência a aplica-la também na escola.
Mas se este tipo de linguagem não fosse penalizada na escola e nos outros meios onde é preciso usar o português correcto, não abreviado, acho que a maioria das pessoas iriam usar esta forma de linguagem.
Na minha opinião acho que a linguagem vai mudar em alguns aspectos, pois está sempre a evoluir e já quase todas as pessoas a usam. Porém a maior parte dos utilizadores desta linguagem é constituída por jovens que procuram uma maneira rápida e fácil de escrever até porque para além disso quase todas as pessoas percebem abreviaturas utilizadas.

Anónimo disse...

Hoje em dia cada vez mais se está a utilizar as abreviaturas , o "x" e o "k".
Eu penso que as pessoas deveriam saber distinguir a linguagem que deveriam utilizar e onde a utilizar. Pois as pessoas não deveriam utilizar esta nova linguagem no trabalho nem na escola.
Mas hoje em dia isso não acontece pois ,principalmente, para os jovens esta nova linguagem é usada nos telemóveis e na Internet mas eles depois não distinguem e passam a utiliza-la em todo o lado, até nos testes.
Esta linguagem está a ter cada vez mais adeptos ,pois é uma forma mais rápida e simples de comunicação ,mas infelizmente existem pessoas que não sabem distinguir onde e quando a utilizar.
As medidas aplicadas na Nova Zelândia na minha opinião não deveriam ter sido aplicadas, pois a língua deve ser utilizada da forma mais correcta. E a língua é um dos símbolos de qualquer país, e deve ser preservada e não mudada com novos tipos de linguagem.

Anónimo disse...

Tânia nº20 9ºA

Na minha opinião axo que não devia ser premitido escrever em abreviatura nos testes ou exames.
É verdade que nós escrevemos em abreviatura nos telemóveis no computador ou em apontamentos no caderno, mas eu pelo menos só escrevo em abreviatura para ser mais rápido. Se nós nos pussessemos no lugar dos professores não iamos gostar, porque os mais velhos não tão abituados a este tipo de linguagem, mas nunca se sabe eles até podem passar a utilizar essea linguagem.

Anónimo disse...

Eu acho que nos testes, e noutras formas de avaliação, não deve ser premitido, pois não premite a apredizagem. Mas no dia-a-dia é util pois não perdemos tempo ´já começa a ser uma linguagem universal.

Anónimo disse...

Emendado:
No meio das mil desgraças que afligem Portugal – indigências responsáveis e irresponsáveis que o minam por dentro e desfiguram por fora –, é sintomático verificar como nele pululam neste momento, de Norte a Sul, uma linguagem notória de ser difícil muitas vezes para quem a lê. Paralelamente a uma linguagem que se afasta do Português, as montras das livrarias enchem-se de livros sobre diversos temas, e escritos dessa mesma linguagem. Uma linguagem incerta de si, que apenas se tenta manter às próprias raízes. O que significa, que ao nível do subconsciente, o nosso instinto de conservação continua acordado. Simplesmente, trata-se de mais um renascimento ilusório, dos vários que têm ocorrido sem consequências de maior. Perdido o sentido da nação (conjunto de indivíduos ligados pela mesma língua e por tradições, interesses e aspirações comuns), toda a reidentificação colectiva não passa de um tropismo obstinado da memória.

Anónimo disse...

Durante a história da humanidade, existiu uma grande evolução a nível da comunicação e da linguagem. Os nossos ancestrais comunicavam por simples sons e deixaram nas rochas desenhos do seu quotidiano, as pinturas rupestres. Com a passagem do tempo, a comunicação e linguagem evoluiram, criaram-se os números e o abecedário. Registar as encomendas que chegavam todos os dias aos portos das grandes cidades mercantis era agora mais fácil. Não pudemos esquecer ainda o aparecimento do papiro e posteriormente do papel que substitui as pesadas pedras.
Ao longo do tempo, caminhamos sempre em busca do mais fácil, simples e do mais rápido. A linguagem dos “k”, “mt” e “td” é simplesmente o fluir desta nossa tendência para o mais fácil, simples e rápido. Será assim tão linear? Devemos estar sempre abertos à mudança!
O português é uma língua latina, que nos foi trazida pelos romanos aquando da sua passagem pela Península Ibérica. Da língua portuguesa também fazem parte os estrangeirismos e os neologismos. A nossa língua não se manteve sempre imutável; houve uma evolução semântica das palavras, como por exemplo: pera = para; dolores = dores ou então palavras que caíram em desuso como assi = depressa.
A utilização da linguagem dos “k”, “mt” e “td” vulgarizou-se com as mensagens escritas nos telemóveis e nos chats na Internet, e como tudo tem vantagens e desvantagens.
As principais vantagens da utilização desta linguagem são: uma escrita mais rápida, que nos poupa tempo e dinheiro, para além de nos permitir falar com inúmeras pessoas ao mesmo tempo. Ao escrever “mt” em vez de “muito” poupei três letras, o que me dá uns escassos segundos, mas quando somados às letras que poupo quando escrevo “td”, “k”, “bj”, entre outras, tenho um total de alguns minutos. Obviamente quando escrevo desta forma, sou mais rápida, ganhei tempo para responder a outra pessoa no msn e poupei letras que me serão úteis quando escrevo mensagens escritas no telemóvel.
As principais desvantagens da utilização destas abreviaturas são: a penalização nos testes ou exames por serem consideradas erro ortográfico, utilização de uma linguagem informal, por vezes em circunstancias impróprias, bem como a sua banalização e uso constante, que a longo prazo nos poderá acarretar problemas, no mundo do trabalho.
A linguagem dos “mt”, “k” e “td”, facilita-nos bastante a vida, mas na minha opinião não deve ser usada em exagero. Deve-se sempre promover a linguagem formal em situações formais como na escola, nos exames e no trabalho. Entre amigos e família concordo com a utilização de uma linguagem informal, familiar da qual podem fazer parte os “mt”, “k” e “td”.
“Sob o céu há, para cada coisa, uma ocasião e um tempo propício.” (Ecclesiastes).

Anónimo disse...

Diogo Baig
Gonçalo Domingues

Como adolescentes que somos, não negamos que também já aderimos a esta
"febre das abreviaturas", que é presença assídua em locais de conversação
como o Messenger ou no telemóvel. Usamos esta forma de conversação apenas
pela rapidez que esta nos proporciona em transmitir as mensagens desejadas.
Porém, ambos sabemos distinguir muito bem a escrita que utilizamos na vida
pessoal daquela que utilizamos na vida escolar.

Um idioma é uma alínea deveras importante para a cultura de um país. Envolve
não só o modo de comunicar, mas também uma vasta história na área da
literatura do país onde este é falado.
Apesar da língua oficial de crescente importância cultural ser o maori, a
língua mais falada na Nova Zelândia é sem duvida o Inglês. Embora seja hoje
um país independente, a Nova Zelândia era uma colónia pertencente à
Grã-Bretanha, por onde passaram nomes como William Shakespeare, Christopher
Marlowe, Agatha Christie... Não podemos deixar de nos interrogar: " Será que
os romances de Shakespeare teriam o mesmo encanto se a linguagem utilizada
nestes estivesse repleta de abreviaturas?"; "Será que os famosos policiais
de Agatha Christie teriam tido o mesmo interesse se esta tivesse
«assassinado» a língua Inglesa através deles?" A resposta é claramente
«NÃO».
Por conseguinte, não concordamos com o facto do Ministério da Educação ter
aprovado a utilização das abreviaturas nos testes de avaliação e achamos
incorrecto que esteja a fomentar o uso destas. Se deixam que o uso das
abreviaturas seja utilizado, porque não extinguem o Inglês do programa
escolar? Para que é que os jovens hão de estar a aprender a escrever
correctamente, se o mundo das abreviaturas é inevitavelmente dúbio e
interminável?

Ambos concordamos que cabe aos jovens aprenderem a distinguir a linguagem
que usam na escola daquela que usam nos seus tempos de lazer!